domingo, 9 de outubro de 2011

Marketing Político

Não faz tanto tempo assim e tínhamos muito perto de nós os cartazes afixados nas vendas, as faixas espalhadas por toda a cidade, o telégrafo e até o material gráfico que chegava nos lombos dos burros e das carroças. Certamente todas estas comunicações marcaram a evolução do Marketing Político até os nossos dias quando num salto histórico passamos a utilizar a TV, o rádio, o jornal, a internet etc.
O Marketing Político na verdade nunca foi novidade. Nós apenas não o conhecíamos com este nome. Todas as vezes em que pensamos em estratégias, canais de comunicação, forma de conhecer melhor o eleitorado, estamos pensando em Marketing Político. E em toda campanha política nos deparamos com propaganda na televisão, no rádio, no jornal, cartazes e cavaletes nas ruas entre outros meios de divulgação.

Do ponto de vista técnico o Marketing Político é amparado por profissionais qualificados: seja na área de pesquisa de opinião, produção de áudio e vídeo, assessoria de imprensa, estratégias de campanhas entre outras.

Entretanto há que se diferenciar também alguns conceitos que frequentemente confundimos. Existe uma diferença entre Marketing Político e Marketing Eleitoral. O primeiro diz respeito à formação da imagem do candidato a longo prazo. Geralmente é utilizado também por pessoas que querem projetar-se publicamente. O segundo está relacionado com a imagem em curto prazo. Neste sentido todas as estratégias são pensadas de forma a captar o maior número de votos possíveis. O fator tempo é importantíssimo.

Desse modo o Marketing Político passa a ser um conjunto de estratégias que tem por objetivo adequar o candidato ao seu possível eleitorado. Isso significa saber o que pensam os seus eleitores, conhecer suas aptidões, e o que querem naquele momento.

Com base nestas informações o candidato pode adaptar o seu discurso fazendo com que o seu posicionamento corresponda aos anseios do seu eleitorado.

De acordo com Philip Kotler, Marketing é “a atividade humana dirigida a satisfação das necessidades e desejos através de um processo de troca”.

Assim, não podemos nos esquecer que o político tem como tarefa principal atender às necessidades de seus eleitores e de seu partido e os anseios gerais da sociedade.

Uma boa estratégia de Marketing Político começa com análise, planejamento e controle da ação mercadológica. Deve começar levando em consideração o contexto em que vive: mercado, economia, ecologia, cultura, concorrência, cultura, política. Em seguida perceber o que a grande maioria realmente necessita. Compreender com clareza o que as move, como elas enfrentam as dificuldades e como constroem suas crenças em um mundo melhor.

Um planejamento eficaz é outro fator preponderante: slogan curto, jingle de fácil memorização, imagens simples e objetivas. A repetição do tema é de fundamental importância para a permanência na mente do eleitor, aliada a variedade de apresentação.

Neste sentido, temos de estar atentos às novidades proporcionadas pela internet. Na última eleição presidencial as redes sociais tiveram um papel importantíssimo para divulgação dos candidatos e interação com os eleitores.

Entretanto, não nos esqueçamos que nenhum canal de comunicação funciona se não estiver alinhado com o que o eleitor espera. Um plano de ação eficaz é um “organismo vivo” capaz de ser adaptado e flexível às novas situações.

Por fim, toda campanha política necessita ter forma e conteúdo. É preciso chegar na mente do eleitor antes que seu concorrente. É preciso utilizar uma linguagem simples, clara, compreensiva, mas sem ser apelativa. As promessas devem ter conteúdo, focadas nas necessidades do povo, deve possibilitar discussões e novas idéias. O plano de comunicação tem de ser coerente com o tema da campanha. É preciso unidade entre o discurso e a imagem, e sobretudo responder às necessidades e desejos dos seus eleitores.



Tom Viana

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